RTP - Escadas, Rampas e Passarelas

1. Objetivo

Esta Recomendação Técnica de Procedimentos, RTP-04, tem por finalidade especificar e fornecer disposições relativas a escadas, rampas e passarelas utilizadas na indústria da construção.

2. Definições básicas

Superfícies de Passagem – Estruturas para trânsito de pessoas, equipamentos e materiais leves utilizados na indústria da construção. Podem ser classificadas em escadas, rampas e passarelas:

a) Escadas – utilizadas na indústria da construção, de uso temporário, com o objetivo de transpor pessoas entre pisos com diferença de nível e para serviços em altura.

b) Rampas – são planos inclinados, de uso temporário, utilizados na indústria da construção para transpor pisos com diferença de nível.

c) Passarelas – são planos horizontais, de uso temporário, e destinam-se à transposição sobre escavações ou vãos cujas margens estejam no mesmo nível.

As escadas, rampas e passarelas são também definidas conforme seu ângulo de inclinação com relação à horizontal.



3. Considerações gerais sobre superfícies de passagem As escadas, rampas e passarelas, quando de madeira, recomenda-se que:

a) na construção a madeira deve ser resistente, de boa qualidade, sem apresentar nós, rachaduras e estar completamente seca;

b) não utilizar tintas sobre a madeira que possam esconder eventuais defeitos, e sim aplicar produtos conservantes transparentes (vernizes, selantes, imunizantes e outros).

As escadas, rampas e passarelas podem ser também construídas em estruturas metálicas ou outro material que resista aos esforços solicitados.

As escadas, rampas e passarelas devem ser utilizadas para o fim a que se destinam, evitando-se qualquer tipo de improvisação.
As escadas, rampas e passarelas deverão ser submetidas a freqüentes inspeções de suas condições de uso, em especial antes de serem instaladas e/ou utilizadas.
Os pisos das escadas, rampas e passarelas deverão ser dotados de sistema antiderrapante para evitar que os trabalhadores escorreguem. Tipos:

Chanfros, ranhuras, réguas, frisos, entre outros, que devem ser adequados a cada tipo de superfície.
Recomendamos que antes da transposição de qualquer superfície de passagem sejam colocados, quando necessário, capachos para limpeza da sola do calçado de segurança, a fim de evitar possíveis escorregamentos e quedas do trabalhador.

As partes estruturais das superfícies de passagem que serão tocadas pelas mãos dos trabalhadores (montantes e corrimão) devem ser lixadas de maneira a não provocar ferimentos por farpas, rebarbas ou outras imperfeições.

Instações Elétricas Temporárias em Canteiros de Obras

Na indústria da construção, o choque elétrico é uma das principais causas de acidentes graves e fatais. 

Este grave quadro é decorrente da falta de projeto adequado, de dificuldades na execução e na manutenção  as instalações elétricas temporárias dos canteiros de obras. As instalações elétricas temporárias em  anteiros de obras, na maioria das vezes, são executadas por profissionais não qualificados, gerando com isso situações de extrema gravidade para a segurança dos trabalhadores, dos equipamentos e das instalações.

A redução do quadro atual de acidentes de trabalho envolvendo instalações elétricas necessita da adoção de novos métodos e dispositivos que permitam o uso seguro e adequado da eletricidade, reduzindo o nível de perigo às pessoas, as perdas de energia, os danos às instalações elétricas e aos bens.

O projeto das instalações elétricas temporárias deverá ser elaborado por profissional legalmente habilitado, com recolhimento da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e executado por profissional qualificado.

O projeto das instalações elétricas temporárias deverá estabelecer os requisitos e as condições para implementação de medidas de controle preventivas de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores nos canteiros de obras. 

O projeto deverá fi car à disposição das autoridades competentes e ser mantido atualizado.

Esta recomendação técnica de procedimentos (RTP) estabelece os métodos básicos objetivando proteger a integridade física e a saúde dos trabalhadores que direta ou indiretamente interagem com as instalações elétricas temporárias e as atividades executadas nos canteiros de obras.

Suas orientações contemplam o planejamento, a organização, a execução, a manutenção e o controle em conformidade com a NBR 5410 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com a Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho, Normas Regulamentadoras 10 e 18, bem como com outras normas
vigentes.

Fonte: FundaCentro

A importância do uso dos protetores auditivos

A exposição repetida ao ruído excessivo pode levar à perda irreversível da audição. 

Como o processo de perda é lento e progressivo, o indivíduo só consegue perceber quando as lesões já estão avançadas.
Os trabalhadores que sofrem com perda auditiva começam a ter dificuldades para perceber os sons agudos, tais como toques de telefones, apitos, campainhas e, posteriormente, começam a ter dificuldades de escutar as outras pessoas e sofrem de zumbidos e tonturas.
A perda da audição, ainda que parcial, tem uma grande influência negativa na qualidade de vida do ser humano, causando danos ao seu comportamento individual, social e psíquico, como: perda da auto-estima, insegurança, ansiedade, inquietude, estresse, depressão, alterações do sono, maior irritabilidade, isolamento etc.

Quando não é possível eliminar ou reduzir a níveis seguros as fontes de exposição de ruídos, faz-se necessário o uso de Equipamentos de Proteção Individual: o protetor auditivo.

O protetor auditivo é a solução mais simples e eficiente de atenuar o som e permitir a proteção do trabalhador contra os altos níveis de ruído e a perda auditiva.

Basicamente existem dois tipos de proteção auditiva individual:

os protetores de inserção, também conhecidos como plugue e os abafadores tipo concha.

Os plugues podem ser de inserção moldável, desenvolvido em espuma que se expande e adequa-se ao ouvido do indivíduo e os modelos de inserção pré moldados geralmente confeccionados em silicone.

Os abafadores tipo concha, como o próprio nome diz, são compostos por duas conchas que contém espuma na parte interna da cavidade, interligadas por um arco.

Outra opção largamente utilizada no mercado é o kit abafador de ruídos, que é uma solução composta por duas conchas que se encaixam nas laterais do capacete e permitem a proteção conjugada da cabeça e dos ouvidos.